No segmento da Mediação, costumamos dizer que conflitos e disputas são inevitáveis e que fazem parte da jornada da nossa vida. A questão é como vamos encará-los! Fugir? Impossível, os conflitos vão te alcançar. Vai encarar de forma agressiva e se impor na marra? O resultado a longo prazo pode não ser o melhor.
Neste artigo, vamos direto ao assunto para entender o cenário e então levantar a bandeira: FAÇA MEDIAÇÃO, NÃO FAÇA GUERRA!
De acordo com o Wikipedia, “Faça amor, não faça guerra” é um slogan antiguerra comumente associado à contracultura americana dos anos 1960, sendo usado, principalmente, por aqueles que se opunham à Guerra do Vietnã, além de ser invocado em outros contextos antiguerra ao redor do mundo.
Desde então, “faça amor” muitas vezes se referia à prática do amor livre que estava crescendo entre a juventude americana para denunciar o casamento como uma ferramenta àqueles que apoiavam a guerra e favoreciam a cultura capitalista tradicional.
Esse slogan, que inspirou a famosa música de John Lennon, também serve de inspiração ao que muito se fala no Brasil sobre a Cultura de Construção da Paz.
Por isso, resolvemos transformá-lo para a realidade dos conflitos comuns e recorrentes: FAÇA MEDIAÇÃO, NÃO FAÇA GUERRA!
“A violência é uma das questões que mais preocupam a sociedade brasileira. As taxas de violência e falta de segurança, especialmente em áreas urbanas maiores, aumentaram nas últimas duas décadas. Os homicídios são uma das principais causas de morte entre os homens e a principal causa de morte entre os jovens entre 15 e 39 anos. Homens negros são a maioria das vítimas de violência.
De 1980 a 2002, o Brasil registrou 696.056 mortes por homicídios 4 – número que pode ser considerado um dos mais alarmantes do mundo entre os países sem guerra civil.
Os homicídios na faixa etária de 0 a 19 anos representam 16% (111.369) desse total. A maioria dos casos, 87,6% (97.559) são encontrados na faixa etária de 15 a 19 anos.”
Esses são apenas alguns dos dados que chamam a atenção em um país cuja população é superior a 200 milhões de habitantes e onde foram registrados quase 100 milhões de casos.
Todo especialista em resolução de conflitos não pode deixar de insistir na maior necessidade da educação de brasileiros, a fim de entender a importância dos seguintes tópicos:
Existe uma crença de que por trás de toda crise, existem as oportunidades. Convenhamos, grandes empresas e mercados inteiros surgiram em meio a esse tipo de cenário. Por exemplo, a própria pandemia dizimou empregos por todo o mundo, mas por outro lado, acelerou o mercado online.
Portanto, o conflito não deixa de ser uma crise e, logo, pode guardar oportunidades de estreitar relações. Isso acontece desde pequenas disputas familiares, até relações internacionais entre nações ou blocos econômicos.
O ponto de partida para uma mudança de paradigma cultural e abraçar a bandeira do “Faça Mediação, não faça Guerra!”, é evitar a imposição, a exclusão ou a violência física como forma de resolução de conflitos. A forma como encaramos os conflitos é que dita o nosso comportamento ao lidar com eles.
Portanto, o primeiro passo é o que falamos no tópico anterior: entender que o conflito pode ser positivo. Além disso, se há uma disputa, é porque há interesses por trás, onde o melhor a se fazer, é focar em descobrir quais são esses interesses e saber expor os seus. Tudo isso se consegue a partir do diálogo!
A importância de aprender a resolução pacífica de conflitos na fase inicial da vida (desde o ensino fundamental, por exemplo) é fundamental para que gerações inteiras aprendam que em uma cultura litigiosa, um comportamento defensivo ou passivo-agressivo para lidar com controvérsias, é um meio prejudicial não apenas para si, mas para toda a sociedade.
O estimulo ao diálogo e o conhecimento das formas de resoluções pacíficas de conflitos desde cedo, além de estimular que lidemos melhor com controvérsias, ajuda a criar indiretamente um ambiente de confiança, porque se aprenderá a colocar a solução na frente, estimulando-se cada indivíduo a se abrir, expondo as questões ruins e boas e propondo uma forma de resolvê-las.
A boa notícia é que já vemos um número considerável de escolas investindo na mediação, tanto em termos de ensino quanto como uma ferramenta de melhor relacionamento na comunidade escolar.
Ao longo dos últimos anos, as escolas começaram a desenvolver nos alunos a capacidade de se relacionar melhor e ao reconhecer a raiva, tomar uma atitude favorável.
Eles estão sendo incentivados a desenvolver habilidades sociais em situações familiares a eles, como quando um amigo se recusa a compartilhar um brinquedo e eles não podem tê-lo de volta sem iniciar uma conversa amigável. Em vez disso, eles tendem a morder ou bater na outra criança. Tais momentos são bons para trazer o estímulo da Cultura da Paz em suas raízes. Daí a importância de professores, pais e diretores de escola dominarem essas habilidades e levantar a bandeira do “Faça Mediação, não faça Guerra!” logo no início da formação cultural de cada indivíduo.
Nesse aspecto, os brasileiros também têm bons exemplos. Um deles é conhecido como “Cuca Legal” e foi desenvolvido por um psiquiatra brasileiro, o Rodrigo Bressan.
Damos ênfase à importância do desenvolvimento de soft skills para o crescimento e aprendizagem saudáveis das crianças, que por sua vez, por possuírem essas habilidades, podem modular melhor o desempenho escolar.
Ter atributos positivos e soft skills na infância fará a diferença no futuro do indivíduo. Atributos como responsabilidade, sociabilidade com outras crianças e compreensão do funcionamento do grupo; todas essas habilidades potencializam o desempenho escolar. Felizmente, os profissionais de ensino brasileiros estão se conscientizando cada vez mais da importância de incentivar a cooperação e a compreensão desde a infância.
Afinal, é lá que estamos aprendendo a lidar com nossas emoções e as diferentes formas de lidar com o conflito.
Concluímos com o lema que nos inspirou com uma versão alinhada ao desejo de que nossos jovens abracem a ideia de “Faça Mediação, Não Guerra”. A melhor forma de promover isso, é abraçando esse mercado que, além de ser apaixonante, oferece inúmeras oportunidades.
Seja você um advogado buscando por um diferencial na carreira, um empreendedor nato buscando um oceano azul de oportunidades, ou um empresário que quer utilizar a Mediação como uma forma de melhorar as relações de sua empresa.
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Vem mediar!
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