Esse artigo está sendo escrito em agosto de 2022, depois da maior crise de saúde global dos últimos quase 100 anos. Em paralelo, vemos acompanhando um avanço cada vez mais acelerado de tecnologias em diversas áreas, impactando no futuro das profissões.
Esse artigo está sendo escrito em agosto de 2022, depois da maior crise de saúde global dos últimos quase 100 anos. Em paralelo, vemos acompanhando um avanço cada vez mais acelerado de tecnologias em diversas áreas, impactando no futuro das profissões.
Desde a medicina, passando pelas comodities, até chegar à astronomia com a chegada da nova corrida espacial.
Entre as tecnologias, uma que vem ganhando uma atenção especial é a Inteligência Artificial, algo que vem se aperfeiçoando de forma arrebatadora, empolgando muitos e assustando outros.
É em meio a esse cenário, que devemos levantar uma reflexão: E COMO NÓS FICAMOS NO MEIO DISSO TUDO? O que nós aprendemos antes dessa “revolução” ainda será útil? O que precisamos aprender para não ficarmos profissionalmente obsoletos?
Vamos trazer alguns pontos abaixo para que possamos abrir a janela da nossa mente e enxergar um horizonte bastante desafiador, porém, promissor.
Durante décadas e mais décadas, profissionais são formados em salas de aula, cursos e uma parcela, na prática do dia a dia. Essa foi a era dos hard skills (habilidades técnicas), onde a capacitação se dava através da troca de conhecimento prático e teórico sobre determinados ofícios.
Por exemplo, médicos passam 10 anos se graduando, passam por mais um longo período conhecido como residência. Esse processo de capacitação, ensina basicamente ao profissional, tudo sobre o corpo humano.
Advogados, por sua vez, se formam em universidades e depois passam por um exame para conseguir a licença para atuar (usando o Brasil como referência). Eles, durante esse tempo, aprendem técnicas e praticamente mapeiam toda a legislação vigente.
Ou seja, bons profissionais se faziam com bons currículos, com uma boa faculdade, com boas notas, etc. Gerações e mais gerações foram formadas com esse propósito.
A nível industrial, aquelas categorias que se aprimoram na prática do dia a dia, como os operários de chão de fábrica, se tornaram a base da cultura de consumo por todo o mundo. Esses trabalhadores eram vistos como verdadeiras máquinas humanas de produção e que, aos poucos, passaram a dividir espaço com máquinas de verdade.
Mas tudo isso tem algo em comum: um trabalho de um ser humano por trás. Do aprendizado com professores, até o engenheiro que projeta máquinas industriais. Tudo baseado na capacitação técnica ou teórica de cada segmento.
Ao longo dos anos, novas descobertas em diversos âmbitos desafiaram o mercado de trabalho e, de forma orgânica, demandou-se que novas habilidades técnicas surgissem por conta de novas profissões.
É aí que a coisa começa a ficar interessante…
Ao longo do século XX, os estudos acerca do comportamento humano ganharam cada vez mais relevância e novas descobertas acenderam uma baita luz amarela em relação a como nós somos de verdade. E me refiro a tal da dualidade Razão X Emoção…
Pois é, hoje em dia, já é certo no meio da comunidade científica que essa história de que somos serem majoritariamente racionais caiu por terra, mas essa conversa pode ficar para outro momento.
A questão chave é que, considerando os últimos 10/15 anos, outras habilidades começaram a ser abraçadas pelo mercado de trabalho.
Conforme novas categorias de profissionais surgem, novas habilidades técnicas são necessárias.
Profissionais programadores, T.I., analistas de dados e a onda do “neurotudo” (neuromarketing, neuroecomonia, neurociência, etc) vem tomando conta do mercado e exigindo cada vez mais especialistas nessas áreas.
Hoje, grandes empresas já estão entendendo a necessidade de conhecer a fundo como é o ser humano e não apenas sugar toda a energia física que se tem para oferecer.
Em outro artigo, falamos sobre as soft skills e como elas são importantes no âmbito profissional e pessoal. Vale dar uma lida, pois tem tudo a ver com esse assunto que estamos falando aqui.
Essas são as habilidades que hoje estão entrando em voga no mercado de trabalho, desde que diversos estudos passaram a mostrar que inúmeras habilidades sociais se tornaram em “ferramentas” diferenciais quando temos profissionais tecnicamente capacitados, mas com um déficit enorme de saber trabalhar em equipe e conviver com outras pessoas.
Isso passou a ser um quesito valioso na escolha de profissionais em processos seletivos. Além disso, várias empresas como a Ambev e o Google, investem na saúde mental de seus colaboradores e no desenvolvimento de soft skills nas suas equipes de trabalho.
Assim como diversos produtos que vão ficando obsoletos, algumas funções ou áreas inteiras, podem perder espaço e até mesmo desaparecerem. Hoje em dia, se fala em aviões e carros 100% autônomos. Imagina o que vai acontecer com taxistas e pilotos? Já deu para entender aonde estamos indo?
O “X” da questão desse tópico tem um fator muito importante que é a Inteligência Artificial. A cada ano que passa, novas tecnologias surgem e outras são aprimoradas.
Portanto, profissionais como engenheiros de automação, de software, T.I., especialistas em comportamento do consumidor, entre tantos outros, passarão a ser elementares para mercado.
A “Alexa” está cada vez mais atarefada com as demandas da casa, enquanto aplicativos gerenciam a sua agenda, calculam, traduzem ou escrevem por você.
E os algoritmos, os tais robozinhos que vasculham toda a sua vida online e fazem um verdadeiro relatório sobre quem você é, seus gostos, sua cultura e até seus sentimentos, para então, oferecer o produto certo para você.
Estamos cada vez mais cercados e influenciados por máquinas e, estranhamente poderemos ser até dominados por elas, como alguns especialistas vem alertando por aí.
E para desenvolver esses “gadgets” todos, são necessários profissionais que entendam desse tipo de programação e que também saibam como funciona o cérebro humano, para desenvolver uma I.A. verossímil e mais próxima do natural possível.
Mas como isso influencia na sua vida profissional? Ora, se influencia na vida pessoal, logicamente vai influenciar as profissões, porque muitos passam a fazer parte desta cadeia.
Outras pessoas também trabalham e tem suas vidas tomadas por esse cenário, deixando-nos cada vez mais separados física e emocionalmente.
É por isso que as soft skills podem fazer toda a diferença para o futuro das profissões.
Primeiro, porque habilidades específicas e mais complexas do ponto de vista cognitivo, podem vir a serem desempenhadas por máquinas.
Outro ponto é o que citamos anteriormente: quem programa essas máquinas? GENTE!
E como faremos para nos relacionar, se somos seres naturalmente sociais? Tudo isso é colocado na balança na hora de decidir o próximo passo no mercado de trabalho.
Em um artigo da World Economic Forum, levantou-se que 96 empregos em sete grupos profissionais estão surgindo rapidamente em conjunto, refletindo fatores “digitais” e “humanos” que impulsionam o crescimento das profissões do futuro.
Esse artigo foi escrito antes da pandemia e sem saber que ela viria e como ela influenciaria o mercado de trabalho universal. Pois bem, quantas pessoas passaram a trabalhar via home office, ou tiveram que aprender novas funções e habilidades para poder garantir seu sustento?
Para saber mais sobre este estudo, acesse: https://www.weforum.org/reports/jobs-of-tomorrow-mapping-opportunity-in-the-new-economy
Obs.: O artigo está em inglês, mas com uma ajudinha de um tradutor de textos, você pode ler tudinho.
A pandemia apenas acelerou um processo que era previsto, forçando pessoas do mundo inteiro a aprender coisas novas e se comunicar.
A questão é que as soft skills são um ponto diferencial, pois precisaremos entender e colaborar cada vez mais com outras pessoas, para não nos limitarmos a tarefas “antigas” que cada vez mais serão amenizadas ou substituídas por Inteligência Artificial ou máquinas.
Neste link, trazemos uma matéria da Forbes de 4 de abril de 2022, que elenca algumas profissões que estão surgindo e ganhando cada vez mais espaço no mercado de trabalho.
Depois dessa contextualização, qual a importância dos soft skills? Vamos esclarecer isso com números:
Em um relatório da PWC, uma rede de firmas independentes e uma das maiores multinacionais de consultoria e auditoria do mundo, levantou dados sobre as tendências para as forças de trabalho no mundo em 2030.
Alguns dados apontados são:
Uma das soft skills mais importantes é a capacidade de se adaptar ou aprender coisas novas. Para isso, cada pessoa precisa se desprender da zona de conforto e procurar novas fontes de aprendizado, se comunicar e quebrar paradigmas.
Nada disso você aprende na escola ou na faculdade. Isso se aprende vivendo e através de conhecimento adquirido com outros seres humanos.
Esse perfil aponta para profissionais do futuro, com habilidades comportamentais mais desenvolvidas e preparados para desafios muito diferentes do que antes. Portanto, profissionais do futuro precisam estar preparados para as profissões do futuro!
Já falamos bastante sobre projeções, possibilidades, outros segmentos, etc.
“Ok, mas e a mediação?“
Pois bem, a mediação já é, em muitos países, uma “profissão do presente” e que está se adaptando às necessidades que a evolução digital e suas demandas exigem.
No Brasil, a mediação também já é uma realidade e com um crescimento exponencial, porém vem esbarrando em alguns vícios culturais como a prática litigiosa, o que causa uma enorme sobrecarga no sistema, acarretando em problemas como a falta de celeridade, custos altos, desgastes emocionais, etc.
Grandes nomes como Steve Jobs, acreditam que em meio a crises e dificuldades, sempre existem oportunidades. Na mediação não é diferente!
Os próprios tribunais e a Legislação (Lei 13.140 de 2015) já vêm trabalhando há alguns anos estimulando advogados e juízes a indicarem a mediação como alternativa, justamente para aliviar o sistema jurídico e promover um diálogo e uma cultura de paz na sociedade.
No Brasil, a Mediação vem se tornando uma ótima oportunidade de negócios, atraindo empreendedores e profissionais de diversas áreas e por diversos motivos!
Um deles, é como uma capacitação em mediação pode ajudar na própria carreira que o profissional já está atuando… Curioso, né?
Que “mel” é esse que atrai tantos profissionais?
Além do cenário citado anteriormente, os mediadores são verdadeiras “usinas” de soft skills. Esses profissionais precisam ser dotados de várias habilidades sociais por estarem a maior parte do tempo lidando com emoções, tanto as próprias como as emoções dos mediandos.
Além do conhecimento teórico e de ferramentas práticas, o mediador precisa dominar suas emoções e saber administrar os ânimos nas mesas de negociação.
Empatia, comunicação não-violenta, negociação, criatividade e resiliência são algumas dessas habilidades que fazem do mediador um profissional tão especial e credenciam a mediação como uma das profissões do futuro.
Outra questão é o crescimento da mediação. Profissionais de outras áreas, como administração, economia, engenharia, comunicação e psicologia, procuram se capacitar em mediação para explorar esse “oceano azul”.
Melhor para quem sai na frente e aproveita essa tendência!
Sem querer ser alarmista, mas se a sua profissão não apresenta um risco de sumir ou mudar completamente, seria muito importante você desenvolver o máximo de soft skills possíveis.
Elas vão fazer com que você conquiste vagas e conquiste seus colegas. São as soft skills que vão fazer de você um profissional respeitado, que vai inspirar confiança e, sem sentir, tornar-se um líder.
Habilidades comportamentais/sociais alimentam boas relações em todas as camadas da vida e são elas que faz as pessoas respeitarem umas as outras.
Enfatizo o respeito como um fator central para diálogos saudáveis, pois o respeito abre as portas para uma discordância e uma escuta saudável.
O respeito ajuda a construir uma reputação positiva e perene, ao invés de imprimir medo e obediência, que estimulam desconfiança e rejeição.
Lembre-se que o seu currículo pode até impressionar, mas seu jeito de ser precisa ser tão bom ou melhor que ele.
Esse recado serve para qualquer pessoa! Se você é um profissional em busca de aprimorar seus soft skills, empreender numa nova área ou se tornar um mediador, ótimo. Se você, ao ler isso, lembrou de alguém que esteja buscando por isso, compartilhe!
O Mediar Master é um curso completíssimo que foi desenvolvido pela equipe da Mediar 360 Training (braço educacional do Grupo Mediar 360), que visa a capacitação de profissionais para o futuro.
Em nosso curso, abordamos as tão faladas soft skills, além de técnicas de mediação e muito conteúdo complementar através de e-books e bônus especiais, com convidados nacionais e internacionais.
Conseguimos juntar muito conteúdo de forma otimizada e dinâmica, com visões diferentes de profissionais e empreendedores de diversas áreas. Do direito ao esporte, do Marketing a Filosofia.
Acesse www.mediarmaster.com e conheça mais sobre esse verdadeiro acelerador de carreiras e bem-vindo ao futuro das profissões!
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1 Comments
Ola bom dia !
Sou a Érica Fernandes e atualmente estudo bacharel em Direito. Tenho curiosidade em saber oque seria o curso de mediadora. Me despertou quando eu li a frase “o grande diferencial do ser humano , é ser humano! Corri pro Google e então acabei aqui nessa interação!
Agradeço desde já a atenção a mim dispensada.