Nos últimos artigos, falamos um pouco sobre futuro das profissões, profissionais do futuro e as qualidades que já estão sendo requisitadas pelo mercado de trabalho como um todo.
Algumas dessas qualidades, são as soft skills, que foi tema de um artigo inteiro aqui do Blog. Resumindo, soft skill são habilidades comportamentais ou sociais, que permitem cada indivíduo se relacionar melhor em seu meio, principalmente profissional.
Listamos também algumas soft skills mais relevantes e procuradas pelo mercado de trabalho, que fazem a diferença inclusive na produtividade das empresas.
Neste artigo, queremos trazer uma habilidade que muitas pessoas gostam, mas uma boa parte acredita que não possui: A CRIATIVIDADE. Vamos trazer alguns pontos de reflexão sobre essa característica que pode sim, ser parte da personalidade, mas também pode ser treinada e desenvolvida.
Você que está lendo esse artigo, pode se considerar uma pessoa criativa ou não. Há quem diga que “não sirvo para trabalhar com criatividade, eu não sou uma pessoa criativa”, ou então “o que eu quero fazer da vida não pede criatividade”.
Você, que pensa assim, tem ideia de como isso é uma forma tóxica de se limitar?
Primeiro, vamos definir o que é ser criativo, pois para muitos parece óbvio, mas é tanto. Ser criativo pode ser entendido como a capacidade de gerar algo novo ou é a capacidade de ver de uma forma diferente alguma coisa e dar novo sentido a ela.
A palavra “novo” apareceu duas vezes acima e não é por acaso. Criatividade está diretamente ligada a NOVIDADE, que consequentemente, pode nos leva a UTILIDADE. Ou seja, a criatividade tem o papel de trazer uma novidade que pode ser útil para você ou para diversas pessoas.
Ressaltei a possibilidade acima, porque às vezes, algo criativo pode ser apenas lúdico e sem um fim, o que podemos chamar de criatividade vazia. Mas é importante que, pessoas que criam coisas novas e que as fazem úteis, são normalmente os indivíduos mais valorizados.
Sim, você é! Mas não sabe ou não descobriu ainda.
Quero contar rapidamente a história de como o ser humano evoluiu. Quem já leu Sapiens: Uma Breve História da Humanidade, de Yuval Noah Harari, sabe que a humanidade começou a se desenvolver a partir do momento que nossos antepassados começaram a “trabalhar” em grupo, utilizando do que hoje se chama de inteligência colaborativa.
A partir de então, o ser humano precisou se adaptar a um ambiente hostil, onde tudo queria nos matar, sendo que nossos corpos não eram tão fortes e não tínhamos habilidades técnicas espetaculares, como a visão de uma água, a velocidade de um guepardo, a força de um leão, etc.
Por isso, o ser humano precisou ser inventivo! Criou armas, aprendeu a cozinhar, entender como utilizar as coisas que o meio ambiente oferecia, tudo para garantir a sua sobrevivência (uma palavrinha chave para entender por que nossa espécie chegou ao patamar de tempos modernos).
E você acha que nossos antepassados de milhares de anos atrás, sabiam o que era criatividade? Pois é, eles simplesmente eram e em vários aspectos.
Desde a elaboração de armas, até a organização de grupos e suas funções. Tudo passava por um traço de criatividade em determinado ponto.
Com o desenvolvimento humano ao longo das eras, a tecnologia começou a ocupar cada vez mais o esforço que antes eram dos seres humanos. Para quem não sabe, a neurociência já provou que o nosso cérebro é programado para economizar energia, justamente porque essa energia deveria estar concentrada em algo que garantisse a nossa sobrevivência.
A partir do momento que nos tornamos os senhores da Terra, nossa energia começou a ser usada de outra forma, e nós passamos a ser seres acomodados.
O “X” da questão, é que pensar gasta muita energia e isso pode refletir nessa mentalidade de que alguém não é criativo, pois ela pode não estar treinada a gastar a sua energia criativamente. Logicamente, outros fatores podem influenciar essa autolimitação, mas o fato é que criar cansa.
Porém, vale ressaltar uma pessoa pode não lembrar que, ao longo da vida, ela precisou ser criativa para resolver algum problema. Vale fazer esse exercício memória…
Acima, trouxe uma reflexão para mostrar que nosso cérebro, entre tantas capacidades, foi feito para ser criativo de alguma forma.
Abaixo, listamos uma série de dicas para você exercitar, estimular ou desenvolver a sua criatividade. Independente da sua área de atuação, essa soft skill sempre será um diferencial para você.
Informação e conhecimento são coisas diferentes, porém, você pode transformar informação em conhecimento. Para isso, você precisa estar com a mente aberta para absorver afirmações e aprender com elas. Seja o que fazer, ou que não fazer.
No meio publicitário, área reconhecida por seus profissionais criativos, usa-se muito o termo “referência”, que é a busca por informações. Ou seja, coisas que já foram feitas e deram certo ou errado. Alguns chamam de benchmark.
Esse tópico poderia estar embutido no anterior, mas ele é tão relevante que deixamos um só para ele. Quando dizemos cultura, englobamos teatro, pintura, filme, música, séries e principalmente, LIVROS! É importante variar o tipo de cultura que você consome e ter noção de visões diferentes, pois isso enriquece nosso universo de conhecimento e, acredite, tudo pode ser aproveitado de alguma forma.
Dormir bem ou mal pode ser um fator decisivo para quem trabalha com a mente. Quem dorme mal, por exemplo, tende a ter dificuldades de se concentrar e viver com a mente cansada o que, inevitavelmente, vai refletir na sua produtividade criativa.
Outro ponto interessante é o que chamamos de cochilo. Estudos recentes revelam que um breve cochilo pode servir como uma espécie de pit stop para seu cérebro e tem grande valia para quem precisa manter a mente criativa. É aquele estado sonolento, antes de você entrar em sono profundo. A isso damos o nome de hipnagogia, dita por psicólogos como a nossa fase mais criativa.
Dica: Vale pesquisar no Google um pouco mais sobre hipnagogia e visões oníricas! É apaixonante entender como nosso cérebro e nossa mente trabalham em prol da nossa criatividade. Deixo aqui uma reflexão: o seu cérebro gasta tanta energia ao longo do dia, que você pode chegar em casa exausto sem ter dado um pique ou levantado um peso. Quem nunca se sentiu cansado sem ter feito nenhum esforço físico, mas teve um dia cheio e estressante no trabalho?
É importante utilizar de formas para se desestressar. Um passeio calmo à beira da praia ou em um parque, respirar ar puro, ver um filme de comédia, comer algo que goste, escutar sua música favorita, fazer um jantar romântico…
Como se diz em inglês: Have a good time!
Momentos prazerosos podem servir como um gatilho de inspiração e motivação! Quem está no auge da paixão correspondida, pode explicar muito bem isso. Possivelmente, isso pode destravar qualquer bloqueio criativo.
Acima, no tópico sobre cultura, mencionamos a importância de consumir conteúdos variados e diversos. Aqui, vamos falar especificamente sobre a importância de diversificar o seu conhecimento.
Quando diversificamos nosso conhecimento, mesmo em assuntos sem qualquer relação entre si, enriquecemos nossa memória semântica, parte da nossa memória de longo prazo, responsável pela assimilação de imagens, palavras e símbolos e que é fixada enquanto dormimos (olha a importância do sono aí mais uma vez). Quando estamos acordados, esses “dados” podem ser acessados em diversos aspectos criativos, como a formação de metáforas.
Você já deve ter ouvido algum conselho ou reflexão filosófica sobre “aprender com nossos erros”, ou como a resiliência é importante para dar a volta por cima.
Então, é isso! Pode parecer um baita clichê, mas a maior verdade da vida é que aprendemos muito mais com nossos erros e infortúnios, o que nos torna pessoas melhores e mais compreensivas. Isso influencia bastante em nossa criatividade, já que ela se enriquece mais ainda com os ensinamentos da vida.
A imaginação é a melhor forma de regar a plantação de criatividade! Deixar todo a sua memória semântica vir à tona, falar sem medo de ser julgado e experimentar.
A criatividade precisa ser ouvida para poder aflorar e ser experimentada para saber se é útil, como falamos no início do artigo. Isso significa que é necessário ter um propósito em mente, um foco. O propósito é aquilo que te mantem na realidade e é o que vai te motivar e inspirar no seu processo criativo, sem deixar que você “viaje” demais.
O Brainstorming é um tema muito interessante que vale um artigo inteiro só sobre ele. Portanto só introduziremos esse tópico para contextualizar a criatividade em âmbito profissional.
Provavelmente, você já ouviu falar de brainstorming, que em tradução livre, é a tempestade de ideias. Esse é o método diversos segmentos, como exemplo a publicidade, o marketing, em empreendedorismo e, para os desavisados, NA MEDIAÇÃO.
É o momento onde as pessoas se reúnem para por na mesa suas ideias e visões de forma livre, espontânea e, de preferência, sem julgamentos.
Podemos dizer que o brainstorming é o parque de diversão da criatividade, é onde ela é estimulada de forma livre, descontraída e motivadora. Muitos profissionais que trabalharam diariamente utilizando as técnicas de brainstorming, buscam o fazê-lo em ambientes inspiradores e confortáveis, onde os participantes não se sintam intimidados, por exemplo.
É nesse momento que tudo que foi falado anteriormente neste artigo, vem à tona. A diversidade de conteúdo é colocada na mesa para todos concordarem ou discordarem, mas sobretudo, absorverem informação que, muitas vezes, pode evoluir para algo melhor e por fim ser a ideia final que será desenvolvida.
O mediador é um dos profissionais que mais necessita das soft skills em seu trabalho e a criatividade é uma das mais importantes para que ele possa fazer com que as partes cheguem ao tão esperado consenso.
Imagine o esforço criativo que é necessário para construir um diálogo honesto e amistoso entre duas partes que, possivelmente, se odeiem ou que possuem uma controvérsia extremamente complexa…
É por isso que o mediador precisa saber ouvir, absorver as informações, transformá-las em conhecimento e aplicar suas soft skills e as ferramentas necessárias. No caso da criatividade, o mediador precisa não apenas desenvolver a sua, mas estimular a criatividade das partes.
É muito indicado que o mediador promova sessões de brainstorming e atividades “quebra-gelo”, com o objetivo de destravar as partes, estimular elas a pensar, a se comunicar de maneira não-violenta e pôr na mesa suas demandas.
Você que está procurando novos ares em sua carreira ou empreender em uma nova área, saiba que o grupo Mediar 360, através do seu braço educacional, Mediar 360 Training, desenvolveu um curso completíssimo capacitação para mediadores e quem quer empreender na mediação.
O curso Mediar Master traz uma grande diversidade de conteúdos ricos, desde técnicas de mediação e empreendedorismo, até soft skills e materiais complementares, como e-books, mapas mentais, monitorias ao vivo e bônus especiais com convidados exclusivos de várias partes do Brasil e do mundo!
O que não falta é informação para enriquecer seu conhecimento e acelerar a sua carreira! Acesse www.mediarmaster.com e saiba todos os detalhes do curso que vai mudar a sua visão do mercado de trabalho.
Fale conosco